Paixão? Não tenho esse costume,
Mas às vezes esse mal me apavora.
Quando corta, dessa faca o gume
Dilacera e escarnece e devora.
Dilacera e escarnece e devora.
Querendo não querer esse tormento
Eu fujo para não ser encontrado
E acabo me encontrando no lamento
De um pobre coração flagelado.
Eu fujo para não ser encontrado
E acabo me encontrando no lamento
De um pobre coração flagelado.
E essa espada afiada não desiste,
Penetra minha carne e insiste
Em cravar-se em meu interior.
Penetra minha carne e insiste
Em cravar-se em meu interior.
E no ápice da minha agonia
Percebi, afinal! Quem diria...
Esse mal não é paixão, é amor!
Percebi, afinal! Quem diria...
Esse mal não é paixão, é amor!
Deleir Inácio de Assis
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