quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Chuva para a alma

Ah... Se a chuva levasse consigo
As tristezas e incertezas da alma...
Certamente não seria preciso abrigo
Nem tampouco haveria perigo.
Banharia em suas águas sem trauma.

Despir-me-ia de toda amargura
E traria comigo apenas a esperança,
Lançando-me nas suas águas mansas.
Mas a chuva passa e não traz a cura...
A chuva cai, mas o alívio não se alcança.

E quando cessa, deixa indícios de que passou,
Revelando a sua imponência e majestade.
Tu és a chuva, meu coração secou.
Carente, perdido e dependente de ti estou.
Chuva que chove e não me lava de verdade.

Deleir Inácio de Assis 12/02/2014


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