sábado, 6 de junho de 2009

Ninguém vê...

Ninguém vê. Por quê?

A minha carne sangra e ninguém vê.
Ninguém vê porque cada um olha somente para si.
E o espelho é seu deus, em quem se crê.
E assim, ninguém vê o meu sangue escorrer e pingar e cair.


O que isso importa? Só eu sofro nessa história...
Cada um carrega seu próprio fardo.
Não existe uma pessoa sequer que seja simplória,
A ponto de oferecer auxílio nem mesmo a um bastardo.


Imagine a mim, pobre de mim...
Um mero homem à procura do meu sonho.
E desse modo se chega ao fim,
Na trajetória da vida que aqui exponho.

Deleir Inácio de Assis